terça-feira, 28 de abril de 2009
Um teaser
Reparem só na selecção de filmes que vão estar este ano, em competição, em Cannes
Pedro Almodovar - Broken Embraces
Andrea Arnold - Fish Tank
Jacques Audiard - Un Prophete
Marco Bellocchio – Vincere
Jane Campion - Bright Star
Xavier Giannoli – A L'Origine
Isabel Coixet – Map of the Sounds of Tokyo
Michael Haneke - The White Ribbon
Ang Lee – Taking Woodstock
Ken Loach – Looking for Eric
Lou Ye - Spring Fever
Brillante Mendoza – Kinatay
Gaspar Noe – Enter The Void
Park Chan-Wook – Thirst
Alain Resnais – Les Herbes Folles
Elia Suleiman – The Time That Remains
Quentin Tarantino - Inglourious Basterds
Johnnie To – Vengeance
Tsai Ming-liang – Face
Lars Von Trier – Antichrist
domingo, 26 de abril de 2009
sexta-feira, 24 de abril de 2009
Aos mortos vivos do Tarrafal
Ao cabo de Cabo Verde
dobrado o cabo da guerra
quando o mar sabia a sede
e o sangue sabia a terra
acabou por ser mais forte
a esperança perseguida
porque aconteceu a morte
sem que se acabasse a vida.
Ao cabo de Cabo Verde
no campo do Tarrafal
é que o futuro se ergue
verde-rubro Portugal
é que o passado se perde
na tumba colonial,
ao cabo de Cabo Verde
não morreu o ideal.
Entre o chicote e a malária
entre a fome e as bilioses
os mártires da classe operária
recuperam suas vozes.
E vêm dizer aqui
do cabo de Cabo Verde
que não morreram ali
porque a esperança não se perde.
Bento Gonçalves torneiro
ainda trabalhas o ferro
deste povo verdadeiro
sem a ferrugem do erro.
Caldeira de nome Alfredo
fervilham no teu caixão
contra o ódio e contra o medo
gérmens de trigo e de pão.
E tu também Araújo
e tu também Castelhano
e também cada marujo
que morreu a todo o pano.
Todos vivos! Todos nossos!
vinte trinta cem ou mil
nenhum de vós é só ossos
sois todos cravos de Abril!
No campo do Tarrafal
no sítio da frigideira
hasteava Portugal
a sua maior bandeira.
Bandeira feita em segredo
com as agulhas das dores
pois o tempo do degredo
mudava o sentido ás cores:
o verde de Cabo Verde
o chão da reforma agrária
e o Sol vermelho esta sede
duma água proletária.
Do cabo de Cabo Verde
chegam tão vivos os mortos
que um monumento se ergue
para cama dos seus corpos.
Pois se o sono é como o vento
que motiva um golpe de asa
é a vida o monumento
dos que voltaram a casa.
José Carlos Ary dos Santos
(poema feito quando da trasladação para Portugal dos restos mortais dos 32 resistentes mortos no Tarrafal)
Um dos maiores erros cometidos é pensar que, na História, os erros não se repetem.
dobrado o cabo da guerra
quando o mar sabia a sede
e o sangue sabia a terra
acabou por ser mais forte
a esperança perseguida
porque aconteceu a morte
sem que se acabasse a vida.
Ao cabo de Cabo Verde
no campo do Tarrafal
é que o futuro se ergue
verde-rubro Portugal
é que o passado se perde
na tumba colonial,
ao cabo de Cabo Verde
não morreu o ideal.
Entre o chicote e a malária
entre a fome e as bilioses
os mártires da classe operária
recuperam suas vozes.
E vêm dizer aqui
do cabo de Cabo Verde
que não morreram ali
porque a esperança não se perde.
Bento Gonçalves torneiro
ainda trabalhas o ferro
deste povo verdadeiro
sem a ferrugem do erro.
Caldeira de nome Alfredo
fervilham no teu caixão
contra o ódio e contra o medo
gérmens de trigo e de pão.
E tu também Araújo
e tu também Castelhano
e também cada marujo
que morreu a todo o pano.
Todos vivos! Todos nossos!
vinte trinta cem ou mil
nenhum de vós é só ossos
sois todos cravos de Abril!
No campo do Tarrafal
no sítio da frigideira
hasteava Portugal
a sua maior bandeira.
Bandeira feita em segredo
com as agulhas das dores
pois o tempo do degredo
mudava o sentido ás cores:
o verde de Cabo Verde
o chão da reforma agrária
e o Sol vermelho esta sede
duma água proletária.
Do cabo de Cabo Verde
chegam tão vivos os mortos
que um monumento se ergue
para cama dos seus corpos.
Pois se o sono é como o vento
que motiva um golpe de asa
é a vida o monumento
dos que voltaram a casa.
José Carlos Ary dos Santos
(poema feito quando da trasladação para Portugal dos restos mortais dos 32 resistentes mortos no Tarrafal)
Um dos maiores erros cometidos é pensar que, na História, os erros não se repetem.
P J Harvey e John Parish
quinta-feira, 23 de abril de 2009
quarta-feira, 22 de abril de 2009
segunda-feira, 13 de abril de 2009
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