domingo, 4 de novembro de 2007

Elizabeth - The Golden Age

Elizabeth: The Golden Age reporta uma época onde a rainha Elizabeth I tem de tomar decisões muito importantes para defender a Inglaterra. O rei de Espanha tenta restaurar o catolicismo na Inglaterra com a ajuda da prima da Elizabeth, Maria (rainha da Escócia) que sonha em ser a soberana da Inglaterra.
O aparecimento de um aventureiro Walter Raleigh, desperta em Elizabeth uma grande paixão, esta pede a uma aia para o manter perto da corte para assim puder desfrutar da sua presença.
Com o aproximar das Cruzadas Espanholas, é descoberta uma conspiração que teria como objectivo matar a rainha. Maria é morta e todo o povo inglês parte para a batalha.

Trata-se de um excelente épico (não sou grande apreciadora do género), talvez o melhor filme que vi este ano. Várias interpretações fabulosas, como seria de esperar, Cate Blanchett está grandiosa na pele de Elizabeth, an outstandig performance. Jordi Mollá no papel de filipe II de Espanha também está muito bem, transmitindo muito bem a crença e a fé levada ao exagero. Os maneirismos estão fantásticos supondo que o Rei era mesmo assim.
E como não podia deixar de ser Samantha Morton, no papel de Maria Stuart está incrível.
Quanto ao filme, estão muito bons os movimentos de câmara em volta de Elizabeth, a câmara parece que tenta seduzir e envolver a personagem. Outras vezes, parece perdida pelos corredores do palácio, acabando por procurar a personagem talvez mostrando o magnetismo e carisma transmitido por Elizabeth.
São usados com frequência os picados e contra-picados, umas vezes para dar o valor real de cada personagem, outras vezes estes movimentos são dinâmicos transmitindo a engrandecimento ou no caso contrário, a perda de importância ou relativização da personagem face aos que a rodeiam.
Na montagem é usado com alguma frequência e enevoado ou a saturação pela luz.
As cenas de interior são magistralmente filmadas, quanto aos exteriores, a situação é diferente, parece haver alguma dificuldade com os espaços amplos, excepto na cena, quase no final,em que Elizabeth sai, descalça, da tenda montada numa falésia, e observa/contempla a derrota da Armada Espanhola.
Fiquei com vontade de conhecer melhor esta época da história de Inglaterra e com certeza que me irei documentar.
Um filme a não perder.

6 comentários:

Anónimo disse...

já tinha visto a apresentação e parece-me óptimo agora com esta sintese acho que vou mesmo ver. Deixa-me carregar o telm para ganhar mais um bónus e lá vou eu.

C_mim disse...

Quero ir ver este filme!!! Mim quer Mim quer

Eo disse...

"Fiquei com vontade de conhecer melhor esta época"

Foi exactamente o que me aconteceu depois de ver o primeiro filme. Claro está que comprei logo um livro sobre os Tudors, um CD de William Byrd e por tabela, porque também estava na OST, o Requiem de Mozart. Foi o que deu ter 17 anos e ficar completamente gagá pela Cate Blanchett...

Gostei da tua crítica e é bom saber que os pontos fortes do primeiro filme continuam lá. :)

serotonina disse...

alguém e c-mim: não percam pois é fantástico.

eo: Pois desta vez Cate está de cortar a respiração, impressionante o glamour e a beleza mais que física.
Já agora se tiveres alguma livro para me aconselhar, diz qualquer coisa.
Obrigada

Eo disse...

O livro que tenho é o "Tudor England" de S.T. Bindoff. Conciso e directo ao assunto. Como abarca todo o período Tudor percebe-se melhor o que Elizabeth teve de enfrentar. Não sei é se ainda está à venda cá... Outro que me chamou a atenção é "Isabel Tudor e Maria Stuart" de Jane Dunn, que vi no site da Bertrand. Parece-me ser bom mas foca-se mais no relacionamento entre as duas rainhas.

serotonina disse...

eo: Vou procurar esses livros. Também tenho andado a chatear a cabeça das minhas colegas de Inglês para me explicarem a época e para me arranjarem referências. Quando tiver a referencia de mais algum livro, digo-te