quinta-feira, 27 de março de 2008

O direito a dizê-lo


Lembro-me que há uns anos, após ter comprado um par de calças de ganga numa loja cuja especialidade era roupa para dreads, quando estava a pagar deram-me vários autocolantes com frases engraçadas: "Enquanto dás uma queca, morre uma alforreca", uma que fazia as minhas delicias "Safaste ou é só beijinhos?" e por fim uma que não liguei muita importância na altura "Posso não concordar com o que estás a dizer, mas defenderei até à morte o direito de o dizeres" mas que nos tempos que correm faz todo o sentido.
Parece que cada vez mais as pessoas não conversam trocando opiniões. Hoje em dia as pessoas esgrimem argumentos tentando convencer os outros não a aceitar as suas opiniões mas a adoptarem as mesmas. Para isso, refutam constantemente as ideias dos outros, digladiam-se muitas vezes usando argumentos pouco correctos e algumas vezes injuriando aqueles que simplesmente expressam a sua opinião.
Esta não é, de certeza, a sociedade que eu quero para mim.

9 comentários:

Silver disse...

Mas é a sociedade que temos, cada vez mais. Defronto-me com esse cenário quase diariamente. Felizmente os meus amigos já me conhecem e sabem que nada imponho, apenas partilho. Curiosamente, ou não, quando li "Posso não concordar com o que estás a dizer, mas defenderei até à morte o direito de o dizeres" lembrei-me que essa frase veio até mim anexada à ideia do casamento entre pessoas do mesmo sexo e tive uma fantastica conversa com alguns amigos e conhecidos, sobre essa temática. Defendi que, não acreditando no casamento, a instituição que conhecemos, como prova de amor e eternidade de afectos, não deixaria de concordar com os que por isso lutam e sem pudores, juntar-me-ia na sua luta. Porque têm esse direito, se é essa a sua crença. Pois para os conhecidos, parece que aticei uma fogueira :) xiiiii. bem, continuam a ser só conhecidos :) bjiiinhes

Anónimo disse...

vir a esta tua "casa", Seretonina, é sempre a somar...:) em prazer de te ler e de ler quem por cá passa :)
Beijinhoss

Anónimo disse...

* Serotonina (sorry, deve ser do sono :P)

Jorge A. disse...

"Esta não é, de certeza, a sociedade que eu quero para mim."

Já somos dois...

serotonina disse...

silver: eu também não costumo me impor mas ultimamente com tanta discussão sobre tudo e mais alguma coisa, já dei comigo a ser pouco flexível relativamente a um ou outro assunto. Fui a tempo de reparar e amenizar a conversa. Assusta-me algum dia vir a tornar-me naquilo que não gosto, nem pensar!

lover: minha querida, este blog só é sempre a somar devido às visitas que por cá passam. obrigada.

jorge a: felizmente somos muitos mais.

Lilith disse...

Sabes amiga o que mais me chateia, e o conformismo!
Estou cheia de saudades tuas e da miquinhas.
Beijos grandes para as meninas.

Unknown disse...

gostei muito da frase que destacaste, anda desde que a li na minha cabeça :)

serotonina disse...

lilith: Também estou cheia de saudades, vê lá se apareces.

@arco íris: pois, na minha também.

rv disse...

pois, lembrar-me eu da personagem q a Rachel Weiz desempenhou no " fiel jardineiro", é lembrar-me de uma postura de vida com a qual me identifico mesmo sabendo do preço q se paga, especialmente num país q não aprecia em nada a frontalidade, já houve um tempo q me questionava sobre o assunto, hoje deixei de o fazer, como costumo dizer:" temos pena", ou não tivesse eu nascido no ano da revolução no nosso país,

:)