quarta-feira, 10 de outubro de 2007

A(s) gaveta(s) dos afectos



Mote retirado daqui: - o amor não pode ser a única gaveta dos afectos;
- a pessoa amada não deve ser o centro do nosso mundo.

Os nossos afectos devem ser distribuídos por várias gavetas de dimensões e materiais diferentes. Se os sentimentos têm cargas emotivas diferentes então nunca poderemos ter só uma gaveta onde enfiamos os afectos todos. Se o fizermos podemos correr o risco de não saber dar o devido valor a cada um desses sentimentos.
Uma vez que o afecto é a expressão do sentimento e este é muito mais subjectivo, não faz sentido colocar na mesma gaveta uma tão vasta panóplia de sentimentos. Já basta que os afectos ao terem uma dimensão quase cultural, estejam espartilhados num conjunto pouco diversificado de expressões.

A pessoa amada nunca deve ser o centro do nosso mundo pois o nosso mundo tem várias camadas de densidades diferentes, várias dimensões onde o amor ocupa um lugar muito importante. Cada dimensão estrutura-se e interage com as outras criando o nosso Eu. A gravitação em torno, somente, da dimensão amor pode levar à fragilização de toda a estrutura do Eu.

Nota: com isto tudo até parece que sou uma moça muito racional, mas não, sou uma pinga-amor, emotiva até mais não.

3 comentários:

neva disse...

miuda sexta à noite estar por minha conta vamos sair ok?

osbandalhos disse...

adoro estas divagações no "eu próprio" e ainda adoro mais as notas finais:
"Com tudo isto até parece que sou uma moça muito racional..."(Parece?)
Mas fizeste bem em avisar, logo de seguida, que não, não fosses induzir em erro quem lê. Afinal és uma pinga-amor, e exageradamente emotiva.
Quem diria, hem? :)

serotonina disse...

neva: está combinado.

osbandalhos: até parece que me conheces!! Ou não?